Alentejo, Agosto 2023
26 de Agosto de 2023 A estranheza de conhecer alguém é desmanchada com a idade, o receio do outros nos verem como não somos dissipa-se na certeza de que somos quem somos e mesmo que no silêncio se sinta desconforto, a razão já não é a mesma. Eu e a m. paramos em capelinhas na capital antes de nos fazermos à estrada e apanhamos C. pelo caminho. A conversa flui numa língua que não é de nenhum de nós, uns gaguejam mais pela falta de hábito, outros confirmam o hábito de se expressar universalmente. O dia vai a meio, no meio do calor, no meio do verão, no meio da descoberta lá vamos ao encontro da casa que se faz sua de quem a pisa. A cor é laranja, apesar da casa ser azul e branca mas é a cor da sua luz que me fica na memória da retina. Pulamos para a água, como não? Flutuamos, perguntamos, ouvimos. Eu e C. jantamos juntes, nas cadeiras cromadas, e conversamos sobre o campo e a cidade, sobre como o silêncio nos traz vida. À noite passeamos em volta, durante o dia comemos figos, abrunhos, m...